Assim que que se ouve o terlintar dos acordes da chamarrita, os pés agitam-se numa feliz inquietude. É para o terreiro que eles querem ir!

Desde tenrinha idade que esta dança desenha em mim um sorriso que considero único, pois único, também, é este “bailho” de roda, em que todos se deixam levar por um mandador, que os comanda de pé leve a que o ritmo da chamarrita convida. “Está consolando”- expressão que se repete por homens e mulheres que trocam as mãos, olhares entre si. A roda assim caminha num só balanço, numa só cadeia, provocando um bem estar e alegria genuínos, num todo.

Este sentido de união que a chamarrita envolve parece espelhar-se no propósito de um evento como o Pico Zen. Ao apreciarmos a programação, sentimo-nos incitados a participar - o corpo e a alma pedem disto.

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O contacto que tenho com o mundo do Yoga tem poucos anos, mas eu sei que, de alguma forma, esteve sempre presente. A busca do equilíbrio, do discernimento, da descoberta de mim própria para me tornar num ser cada vez melhor a cada dia que passa, tem sido o que pauta a minha vida, embora, por vezes, não tenha noção/consciência de que o estou a crescer nesse propósito.


Mal sabia eu que a chamarrita já fazia parte deste percurso. Tudo o que provoca em nós uma alegria natural e pura, colabora para este sentido de crescimento autêntico. São inúmeros os contextos, as situações, as práticas que nos levam a alcançar este estado de expansão, de clareza, de contentamento - uma paz que vem lá bem de dentro! A meditação, a música, a dança, a arte, o exercício físico, a comida saudável, entre outras inúmeras coisas, contribuem fortemente para o encalço deste estado puro de ser e estar.

O Pico Zen contempla isto - é uma porta aberta para aqueles que desejam iniciar ou aprofundar os passos repicados da dança da vida!

O “bailho” de roda